Reflexões de um professor não derrotado!!!

Professor, palavra bonita, de grande prestígio social, pelo menos em um certo tempo da nossa história porque hoje não podemos pensar dessa forma. Ser um mestre hoje é como o indivíduo estar em uma arena romana esperando só o momento do golpe final. É assim que me sinto e conversando com muitos amigos da área a impressão não é diferente. A cada dia somos levados a um desestímulo geral, pela falta de incentivos e de melhores condições de trabalho e salário digno com poder de compra real. Quando falo real é no tocante a compra de livros, viagens, revistas e qualidade de vida para que possamos desempenhar bem nossas funções. Esta inclusive está sendo ameaçada, pois os números de professores que ficam doentes a cada ano ultrapassam as expectativas, nervosismo, laringite e faringite constante, calo nas cordas vocais, distúrbios provocados por agressões físicas e verbais, envelhecimento precoce, bom vou por aqui, não pretendo fazer ninguém chorar e sim refletir. Mas infelizmente o que encontramos pelo caminho é professores que se calam por tão pouco, ver o governo como "pai", aquele que paga curso de especialização, entrega computadores, faz e acontece. Uma verdadeira "onda midiática" que constrói todo um discurso, levando a sociedade a acreditar que realmente a educação vai bem. Somos levados por uma onda assistencialista, onde o governo "dar" aos alunos canetas, fardamentos, livros e cadernos, onde muitos esquecem que tudo isso fazem parte de nossos impostos. Nada vem de graça neste país. Os jornais notificam imagens de sucesso, os números indicam que tudo vai bem, porém sabemos que as coisas não caminham por este patamar. A realidade de nossa educação é outra, quando falamos ou exigimos nossos direitos somos tidos como "perdedores", como se estivéssemos no Coliseu, onde os imperadores davam o veredicto final. Somados a luta salarial, estão às garantias do professor expressa no estatuto que está sendo burlados, os números excessivos de alunos em sala de aula ultrapassando todos os limites para que de fato ocorra uma relação ensino e aprendizagem sem falar na precariedade de muitas escolas esquecidas de cada região. Fico em dúvida o que seja qualidade. Será que qualidade de ensino é mascarar números para tudo funcionar? Será que ter 60 alunos em sala de aula em um ambiente quente com apenas dois ventiladores é um local privilegiado para aprender? Contando isso, parece para alguns um desabafo, não amigos deixo isso para o Roberto Carlos, é na verdade uma situação que estamos vivenciando nas escolas públicas, tudo não passa de propagandas para conformar a sociedade. Nossa educação é de “gabinete”, eles decidem, fazem e acontecem, elaboram planos e formas de avaliação, esquecem da realidade de cada comunidade, das dificuldades de cada professor, e de cada aluno. Existem contextos e situações diferentes. Não sou pessimista, mas se a mudança do país será realizada com educação, a coisa está difícil para acontecer, falta muitoooooooooooooo para que nosso país atinja esse ápice de desempenho. Falta compromisso dos nossos políticos, vergonha na cara para aplicarem o dinheiro de forma correta ao invés de escolher outro destino para ele, tentar mudar aspectos deste cenário fazem parte da nossa luta enquanto cidadão. Não será com leituras de gabinetes, mas leituras sociais, pondo a ética tão discutida nos meios acadêmicos e juristas, mas tão esquecida na hora da sua prática. Onde estão as políticas públicas desta nação? O que é ser professor neste Estado? O que fazem esses deputados, além de abrir edições extraordinárias para condecorar personagens com título “cidadão pernambucano? Espero que a resposta não fique com o samba enredo: É Segredo. Concordo co a letra do Caetano: “alguma coisa está fora da ordem mundial ou será estadual?”

Bienal do livro e nada de novo!!!

Caros leitores, assitindo o jornal Nacional vejo a grande movimentação anunciada da Bienal do Livro de São Paulo e Rio de janeiro. Uma programação com lançamentos os mais diversos possíveis e uma estrutura digna de leitores e amantes do livro e da cultura. Quando me reporto a Bienal do Recife não consigo encontrar a mesma ressonância, percebi que faltava um acabamento mais aprimorado, algo mais atrativo para os vistantes. Se compararmos a outras, percebemos que nada mudou, apenas alguns expositores sem maiores novidades. O que encotramos ao longo dos seus corredores são livros infantis, promoções de livros não atrativos e poucos títulos, muitos dos quais já conhecidos do público que frequentam a Saraiva, a Cultura ou a Livraria Imperatriz. Creio que não é apenas organizar uma exposição, mas fazer valer o evento já que acontecem a cada dois anos. Promover uma maior interatividade entre o leitor e o autor de grandes obras. A impressão que se tem é que estamos visitando uma feira de livro qualquer. Onde estão os recursos tecnológicos? Por que não aproveitar melhor o espaço com uma visualização mais artítica? Os nossos leitores, independente da sua faixa etária, merecem uma exposição digna, mais organizada! Com mais títulos e criatividade. Vamos aguardar a próxima na iminência de superações!!

Kindle, fim dos livros?

Matéria de capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 "O último livro que voçê vai comprar" me despertou tamanho interesse, curiosidade e ao mesmo tempo algumas indagações. É que chegará nas próximas semanas aqui no Brasil o Kindle, um leitor de livros eletrônicos com capacidade de guardar 1500 arquivos digitalizados. O leitor agora não precisa ir à uma livraria para adquirir seu livro basta acessar uma rede 3G e em frações de segundos terá à sua disposição. Sonho ou realidade? Realidade. Esta mais uma tecnologia que estaremos desfrutando nos próximos anos com nossos alunos e com certeza será mais um aliado em sala de aula. Este produto será comercializado pela Amazon a um custo de R$ 1.000 reais. Segundo matéria ele tem o potencial para quebrar a relação que estabebecemos com o papel desde 1539, quando Gutenberg inventou a imprensa. Nos Estados Unidos onde este produto vem sendo utilizado desde 2007 vem superando as expectativas quanto à sua utilização, a qual a príncipio não foi encarado com muito sucesso. Esse novo jeito de ler pretende revolucionar o mundo da leitura, pois além da sua capacidade de armazenar, seu peso de 290g e sua altura de 20,3cm é de fácil manuseio e transporte. É realmente uma grande revolução, imaginem o aluno não precisar carregar mais aqueles livros super pesados e as escolas disporem de seu material na internet para compras. E mais ainda as bibliotecas teriam mais espaços para guardar seus títulos. Para o escritor Paulo Coelho que comprou o seu livro eletrônico da Sony em Paris, afirma que "quem não encontrar a nova tecnologia vai ficar tão antigo quanto os monges medievais". Diante do exposto essas novidades tecnológicas não chegará com tanta facilidade em nosso meio educacional, onde muitas escolas nem dispõem de bibliotecas e estruturas para fonecer o básico a cada estudante. Não acredito que este novo jeito de ler tirará de cena o prazer de ir a uma livraria, comprar um livro e página-lo. Percebo que teremos mudanças futuras, mais não ao ponto de abandonar os livros a meros objetos do passado. Nossa sociedade ainda precisa superar alguns índices quanto ao acesso e qualidade na educação, assistimos muitas propagandas e estamos cercados de teorias fascinantes, mas basta checar in loco a realidade é outra completamente diferete. Não sou daquele que vejo a tecnologia como um empecilho ao crescimento do homem e da sociedade, muito pelo contrário a cada nova invenção contemplo com alegria. Mas concordar com Paulo Coelho neste exato momento em que se encontra o nosso sistema eduacaional, jamais!!!

Rio 2016!! Quem de fato estará presente?

Caros amigos nas últimas semanas o Brasil parou para ouvir o anúncio da cidade-sede das olimpíadas de 2016. Era exatamente 13h50 de Brasília, quando o presidente do Comitê Olímpico Internacinal, o belga Jacques Rogge, abriu o envelope com o nome do vencedor, Rio de janeiro, com uma votação expressiva de 66 votos contra 33 de Madri. Neste momento a cidade maravilhosa entrava em festa, a sociedade festejava com lágrimas, danças e muito samba tal decissão. Nosso presidente dizia "hoje nós quebramos a última coisa de preconcieto que tinha o nosso país". Concordo passamos agora a ter vissibilidade no mundo dos esportes, coisa que até então eram restritos aos países centrais do planeta. Rio está em festa, o Brasil está em festa eram os gritos que ecoavam nos noticiários. Agora infelizmente, diante de tantas alegrias a nossa sociedade esquecem as contradições que passam o nosso povo, que se vêm esquecidos e relegados quanto aos seus direitos. Esquecem de lutar por uma educação de qualidade, por uma saúde digna e por uma sociedade mais igualitária. Mas no Rio é festa!! Pergunto, quem de fato estará presente nas arenas olimpícas? Que parcela da população terá condições de ficar em hotéis luxuosos e desfrutar de tamanho evento? Será que todos os brasileiros que convivem com uma renda mensal de um salário mínimo? Mas todos festejam essa vitória. As propagandas e as obras são de grandezas faraônicas viva o Rio 2016. Só para se ter uma ideia foram gastos R$ 100 milhões em propagandas de convencimento, enquanto escolas vivem sucateadas, professores lutando por um salário digno, hospitais superlotados, comunidades sem saneamento básico, mas viva o Rio 2016. E assim caminha nossa história atreladas a sonhos e fantasias.

Letra de Roque Ferreira: Santa Bárbara
CD Encanteria
Minha Santa Bárbara
senhora de mim
luz que alumia
esse povo bom da Bahia
nos livre das tempestades
desse mundo
dos raios dessa vida nos proteja
dona das rosas vermelhas
soberana divina
que assim seja
quatro de dezembro
tudo é festa
tudo é paz
o amor se refaz
em sua glória....

A cada ano novas emoções!!! Maria Bethânia dona de uma das mais belas vozes do cancioneiro popular brasileiro aporta junto aos seus fãs com dois albúns que traduzem o que esta baiana pensa do amor e da religiosidade. "TUA" e "ENCANTERIA" nos convidam a mergulhar no que há de mais verdadeiro e íntimo desta cantora. Pode parecer exagero de uma pessoa que a admira muito, mas não é. Bethânia é uma intérprete que mais produz dentro do mercado fonológico, a que mais atua em novidades seja em projetos ou show inunsitados e isso é muito bom para o país e para a nossa sociedade porque não perdem suas raízes culturais. Tenho certeza que enquanto sua voz ecoar por este imenso Brasil nossa música estará bem representada.

Participei recentemente do VII Congresso Internacional de Tecnologia na Educação e quero ressaltar a importância desse envento quanto aos debates e conferências realizadas no que se referem ao professor e a educação no século XXI. Neste caso, o que mais ficou gravado na memória foi a conferência do Prof. Mário Sérgio Cortella sobre " A educação no século XXI e o novo perfil dos educadores" , que aliás diga-se de passagem é um tema que vem tomando as mesas redodondas nos congressos e seminários em todo o país. Sinto como uma necessidade urgente de mediar discussões em torno dessa temática tendo em vista o perfil de nossos alunos, professores e políticas educacionais atrelados a uma sociedade pós-moderna calcada em falsos valores sociais. E o Congresso possibilitou tais argumentações!!! A cada dia tornar-se mais díficil o trabalho em sala de aula, o professor tem que a todo momento buscar práticas e soluções para poder lidar com esses jovens que se vem mergulhados em meio a tecnologias e em um mundo fragmentado quanto aos seus ideais e esperanças. Portanto, é importante desde já sabermos usar essas tecnologias dentro da nossa prática pedagógica visando uma melhor relação no ensino e aprendizagem procurando caminhos para uma sociedade mais consciente, dinâmica e atuante.